Em um mundo onde o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é frequentemente rotulado como uma epidemia, a psicanálise se debruça sobre este enigma com uma lente única. A verdadeira questão não é apenas “A que atribuir isso?” mas “Como entender esse fenômeno de expansão súbita de um quadro clínico?”.
A medicina moderna, muitas vezes “baseada em evidências”, tende a negligenciar os fatores subjetivos, essenciais para compreender as desordens mentais e comportamentais. No entanto, é crucial reconhecer que, na grande maioria dos casos, tais desordens não se devem exclusivamente a distúrbios orgânicos.
O TDAH, visto sob a ótica psicanalítica, é interpretado não como uma doença isolada, mas como um sintoma que emerge de um contexto familiar, cultural e social complexo e significativo.
Este artigo convida o leitor a explorar como a psicanálise trata o TDAH, enfatizando a importância de considerar o indivíduo — o sujeito — como o cerne de toda psicopatologia. Mergulhe conosco nesta análise e descubra as nuances que definem a abordagem psicanalítica no tratamento do TDAH.
- Entendendo o Tratamento da TDAH através da Psicanálise
- Como a Psicanálise Enxerga o TDAH?
- O impacto do TDAH na vida diária
- A Contribuição da Psicanálise para o Tratamento do TDAH
- Como iniciar o tratamento para TDAH?
Entendendo o Tratamento da TDAH através da Psicanálise
O Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH) é uma das condições psicopatológicas mais prevalentes no século XXI. Caracterizado por sintomas de desatenção e/ou hiperatividade, o TDAH pode interferir significativamente no desenvolvimento social e na aprendizagem do indivíduo.
No entanto, a abordagem psicanalítica oferece uma perspectiva distinta daquela encontrada nos modelos biomédicos.
Na visão psicanalítica, o TDAH é compreendido não apenas como um conjunto de sintomas a serem tratados, mas como uma manifestação da singularidade do sujeito.
A psicanálise busca entender o paciente em sua totalidade, levando em consideração sua história de vida, conflitos internos e a maneira como esses se expressam no comportamento. Assim, o diagnóstico de TDAH na psicanálise não é o fim, mas o início de um questionamento sobre a constituição subjetiva do paciente.
O processo psicodiagnóstico na clínica psicanalítica é dinâmico e se estende desde o primeiro encontro com o paciente até a conclusão do tratamento.
Durante esse processo, é dada especial atenção aos fatores que trazem sofrimento e angústias ao paciente, bem como aos mecanismos de defesa utilizados para lidar com eles.
O objetivo é captar a essência dos conflitos do paciente e trabalhar no sentido de proporcionar um espaço para a elaboração psíquica dessas questões.
A psicanálise também adota uma postura crítica em relação à tendência de medicalização do sofrimento humano. Esse movimento, que muitas vezes busca soluções rápidas e padronizadas para questões complexas, é questionado pela abordagem psicanalítica para TDAH, que valoriza a individualidade e a necessidade de um entendimento mais profundo das questões psicológicas.
Explorar a interseção entre o TDAH e a psicanálise abre espaço para uma compreensão mais ampla e profunda das questões que envolvem esse transtorno.
Isso permite uma abordagem mais humanizada no processo de avaliação e intervenção clínica, enfatizando a importância de considerar o indivíduo além dos sintomas e promovendo um tratamento que visa à compreensão e à transformação da dinâmica psíquica do sujeito.
Como a Psicanálise Enxerga o TDAH?
Sob a perspectiva da Terapia psicanalítica para TDAH, o Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é compreendido como um caso complexo, onde o sintoma não é simplesmente visto como uma manifestação isolada, mas sim como um representante de uma angústia interna, expressando-se através do corpo.
A psicanálise, ao abordar o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), oferece uma perspectiva única que transcende a simples categorização nosográfica.
A simples classificação diagnóstica não é suficiente para explicar a origem e a vivência subjetiva do TDAH. A psicanálise reconhece que o diagnóstico e a medicalização excessiva está mais relacionada às demandas sociais de controle de comportamento do que à compreensão profunda do sujeito.
A psicopatologização, nesse contexto, é mais uma resposta à pressão social do que uma verdadeira necessidade clínica, dessa forma, é possível o tratamento do TDAH sem medicamentos
Na intervenção psicanalítica no TDAH, os sintomas observáveis do TDAH são interpretados como “sinais de angústia” ou indicadores de conflitos internos. Veja:
- Sintomas como Linguagem do Inconsciente: Eles representam mais do que comportamentos disruptivos; são a linguagem através da qual o inconsciente se comunica. O sintoma é um enigma que o psicanalista busca decifrar, entendendo-o como uma solução de compromisso entre desejos conscientes e inconscientes.
- O Papel da Angústia: A angústia é central na psicanálise do TDAH. Ela é vista como um indicativo de que há um conflito interno não resolvido, uma luta entre forças opostas dentro do psiquismo do indivíduo. O tratamento psicanalítico visa proporcionar um espaço onde essa angústia possa ser expressa e elaborada, logo trazendo alivio ao paciente.
- A Importância do Outro: Na teoria psicanalítica, a dificuldade de se representar no campo da linguagem e do outro é um aspecto crucial do TDAH. Isso se relaciona com a falha no corte subjetivo com o Outro, ou seja, uma incompleta diferenciação entre o eu e o mundo externo. O tratamento busca auxiliar o paciente a estabelecer essa diferenciação, permitindo-lhe uma melhor integração social e pessoal.
A angústia manifestada nas sessões psicanalíticas é compreendida dentro das relações transferenciais, revelando-se como um sintoma que deve ser analisado e elaborado e não apenas medicado.
A disseminação de medicamentos como uma solução rápida para as dificuldades apresentadas pelas pessoas tem contribuído para uma “epidemia” de diagnósticos de TDAH, excluindo a dimensão subjetiva do sofrimento psíquico.
A psicanálise critica a tendência contemporânea de psiquiatrizar comportamentos, muitas vezes rotulando-os como patológicos sem considerar a complexidade da experiência subjetiva do indivíduo
Em síntese, este texto não tem a pretensão de abordar todas as questões relacionadas a Psicanálise para adultos com TDAH, mas sim proporcionar uma reflexão, estabelecendo o parâmetro de que a Psicanálise não apenas interpreta o TDAH como um conjunto de sintomas, mas sim como expressões de conflitos internos e angústias profundas.
É por meio do processo terapêutico que essas questões podem ser minuciosamente exploradas e compreendidas em sua totalidade, possibilitando um tratamento mais adequado e humanizado para aqueles que enfrentam esse transtorno.
Tdah é Transtorno ou Sintoma
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um tema complexo que tem sido amplamente estudado e debatido tanto no campo da psicologia, psicanálise quanto da psiquiatria.
Enquanto a abordagem médica contemporânea, representada pela psiquiatria biológica e pelas neurociências, tende a focar nas disfunções neurológicas e comportamentais associadas ao TDAH, a psicanálise oferece uma perspectiva diferente, olhando para além dos sintomas manifestos.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), o TDAH é compreendido principalmente como um déficit nas funções atencionais, motoras e de controle da impulsividade.
Esse enfoque médico muitas vezes coloca em primeiro plano as disfunções, desconsiderando as complexas interações entre os aspectos biológicos e psíquicos na constituição do sujeito.
Nas estratégias psicanalíticas para TDAH, o TDAH não é visto apenas como um conjunto de disfunções, mas sim como um sintoma que emerge no contexto da vida psíquica do indivíduo.
Aqui, é crucial compreender que o sintoma não é apenas a manifestação de uma doença, mas sim um sinal que aponta para questões mais profundas relacionadas à subjetividade e ao inconsciente do sujeito.
O sujeito com TDAH pode encontrar no sintoma uma forma de lidar com questões angustiantes relacionadas à sua própria incompletude e divisão subjetiva. Através do sintoma, o sujeito pode buscar um alívio temporário da angústia ao se submeter ao desejo do Outro ou à pressão social.
Na prática clínica psicanalítica, o foco não está apenas na interpretação dos sintomas, mas também na compreensão do drama ético, político e pulsional do sujeito.
A psicanálise busca articular os sintomas do TDAH com o processo de constituição subjetiva, reconhecendo a importância do desenvolvimento psicomotor e dos impasses na formação do sujeito.
A psicanálise aborda o TDAH não como um transtorno neurobiológico, mas como um sintoma que pode revelar aspectos significativos da vida psíquica do sujeito.
O tratamento psicanalítico busca entender o significado do sintoma no contexto da história de vida do indivíduo, promovendo um espaço para a fala e a escuta ativa, onde o sujeito pode elaborar e transformar o sofrimento psíquico em algo que possa ser simbolizado e integrado à sua narrativa pessoal.
Lista de sintomas do TDAH relacionados à desatenção, de acordo com o DSM – V:
- Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades.
- Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.
- Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente.
- Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho.
- Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades.
- Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado.
- Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades.
- Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos.
- Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas
Lista de sintomas do TDAH relacionados à Hiperatividade e Impulsividade, conforme descritos no DSM – V:
- Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.
- Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado.
- Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado.
- Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente.
- Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado”.
- Frequentemente fala demais.
- Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída.
- Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez.
- Frequentemente interrompe ou se intromete.
A psicanálise não busca transformar as muitas maneiras ou dificuldades cotidianas em diagnósticos. Para ela, os sintomas do TDAH podem se apresentar de diversas formas, e não devem ser meramente encarados como manifestações de disfunção, mas sim como esforços do sujeito para lidar com conflitos internos e fantasias inconscientes.
Se você se identifica com esses sintomas e eles estão causando um grande sofrimento, isso pode ser um sinal de que é hora de procurar um psicanalista.
O impacto do TDAH na vida diária
A psicanálise, ao abordar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), considera não apenas os sintomas, mas também o sofrimento subjacente que afeta profundamente a vida diária do indivíduo.
O TDAH é frequentemente associado a desafios significativos, como dificuldades de concentração, impulsividade e hiperatividade, que podem levar a um desempenho abaixo do esperado em várias áreas da vida.
Primeiramente, é fundamental reconhecer que o sofrimento experimentado por aqueles com TDAH não é apenas resultado dos sintomas manifestos, mas também das expectativas impostas pela sociedade.
O paciente muitas vezes se vê em descompasso com os ideais de desempenho estabelecidos por seus pais e pela sociedade em geral.
A cultura, não valoriza as singularidades individuais, pressionando o sujeito a se conformar a padrões pré-determinados de funcionamento. Essa falta de reconhecimento pode agravar o sentimento de inadequação e frustração do paciente.
Além disso, é importante considerar que os sintomas do TDAH podem ser interpretados como respostas adaptativas a desafios emocionais e cognitivos subjacentes.
Para alguns, a hiperatividade e a dificuldade de concentração podem ser formas de lidar com a ansiedade ou expressar angústias relacionadas a eventos passados.
No entanto, a falta de compreensão e aceitação por parte da sociedade pode levar a um ciclo de estigmatização e marginalização.
Impactos do TDAH na Vida Diária:
- Desempenho Acadêmico e Profissional: Indivíduos com TDAH podem ter dificuldades para atingir metas educacionais e profissionais, resultando em menor escolaridade e maiores taxas de desemprego.
- Relacionamentos Interpessoais: Problemas de relacionamento no trabalho e na vida pessoal são comuns, pois o TDAH pode afetar a capacidade de manter interações sociais estáveis.
- Autoimagem e Expectativas Sociais: A pressão para atender às expectativas de desempenho pode levar a uma autoimagem negativa, especialmente quando o indivíduo se compara aos padrões estabelecidos pelos pais e pela sociedade.
Abordagem Psicanalítica do TDAH:
A psicanálise busca entender como o TDAH se manifesta na singularidade de cada sujeito, considerando sua história de vida e as angústias que podem estar expressas através dos sintomas. Diferentemente de abordagens que focam apenas no comportamento, a psicanálise trata o TDAH explorando:
- A História Pessoal: Entendendo como experiências passadas e conflitos inconscientes podem influenciar os sintomas atuais.
- A Singularidade do Indivíduo: Valorizando as características únicas do sujeito e como estas se relacionam com o TDAH.
- Respostas Emocionais: Reconhecendo que os sintomas podem ser uma forma de lidar com desafios ou expressar angústias relacionadas a situações específicas.
O tratamento psicanalítico do TDAH envolve um processo de autoconhecimento e compreensão das dinâmicas emocionais que contribuem para o transtorno.
Ao abordar o TDAH dessa maneira, a psicanálise oferece uma perspectiva que pode aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida do paciente.
É fundamental reconhecer e validar as experiências do sujeito com TDAH, proporcionando um espaço para que ele possa se expressar e encontrar maneiras de lidar com os desafios diários.
A Contribuição da Psicanálise para o Tratamento do TDAH
A psicanálise oferece uma perspectiva única para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), enfocando a singularidade da experiência subjetiva do indivíduo.
Diferentemente de abordagens que priorizam o tratamento medicamentoso, a psicanálise busca compreender as manifestações do TDAH além do reducionismo biológico.
Entendendo o TDAH na Psicanálise:
- Subjetividade e Corpo Pulsional: A psicanálise trata o TDAH não apenas como um conjunto de sintomas a serem suprimidos, mas como uma expressão do corpo pulsional, onde o excesso de movimento e a dificuldade de atenção são vistos como manifestações de algo que vai além do orgânico.
- Transferência e Significação: Em sessões psicanalíticas, o psicanalista explora a transferência para acessar o que pode ser articulado dos sintomas na ordem do sentido e o que permanece como real e irredutível ao campo da significação.
Desafiando o Discurso Biologizante:
- A psicanálise resiste aos discursos que despersonalizam o indivíduo, insistindo na importância de reconhecer a complexidade do sujeito que recebe o diagnóstico de TDAH.
- Déficit de Atenção e Extensão Simbólica: A dificuldade em manter a atenção é interpretada como uma incapacidade de dar continuidade ao perceptum de forma que ele adquira significado simbólico. Isso sugere que o objeto da atenção não é adequadamente integrado no campo do Outro, resultando em uma persistência reduzida.
A psicanálise contribui para o tratamento do TDAH ao oferecer um espaço para que o sujeito possa falar de sua experiência e ao desafiar a visão que reduz o indivíduo a um conjunto de sintomas.
Ela permite uma compreensão mais profunda das questões subjacentes, promovendo um tratamento que respeita a complexidade da condição humana.
Perguntas frequentes sobre TDAH e Psicanálise
O que Freud diz sobre TDAH?
Freud não mencionou especificamente o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em seus escritos, pois esse termo e conceito foram desenvolvidos muito depois de sua morte. É importante notar que a compreensão contemporânea do TDAH é amplamente baseada em pesquisas psicológicas modernas, por isso Freud não os mencionou em suas obras.
Psicanalista pode diagnosticar TDAH?
Na psicanálise, o diagnóstico é conhecido como diagnóstico diferencial e difere dos critérios classificatórios do CID 11 ou DSM-V. O psicanalista concentra-se nas manifestações sintomáticas sem se fixar excessivamente nos rótulos dos sintomas. Embora não utilize o mesmo tipo de diagnóstico, se o psicanalista tem formação na área da psicologia ou psiquiatria e se o mesmo entender que o diagnóstico pode ajudar no tratamento do paciente, ele pode fazê-lo.
Qual melhor psicólogo para tratar TDAH?
O tratamento mais eficaz para o TDAH geralmente é multidisciplinar, envolvendo psicanalistas, pedagogos e, em alguns casos, psiquiatras. A psicanálise desempenha um papel crucial ao ajudar a compreender o impacto que crianças e adultos experimentam ao lidar com os sintomas do TDAH e como são afetados quando são rotulados com essas características.
É fundamental considerar as particularidades de cada contexto familiar e social para obter uma compreensão abrangente do sofrimento associado ao TDAH. A abordagem psicanalítica lança luz sobre aspectos além daqueles considerados em um diagnóstico puramente descritivo, permitindo uma visão mais ampla e profunda do problema.
Quais são as causas do TDAH para a psicanálise?
Para a psicanálise, as causas do TDAH estão relacionadas à falha no processo de representação simbólica no campo do outro e na linguagem. Crianças e adultos com TDAH enfrentam dificuldades em se representar e se conectar com os outros devido a essa falha no corte subjetivo, que tem um impacto simbólico profundo.
A psicanálise, reconhece cada sintoma como uma resposta única e subjetiva do sujeito. Assim, ao investigar as origens do TDAH, ela busca compreender os processos inconscientes que levam a essas manifestações comportamentais. Isso implica explorar as dinâmicas internas do sujeito, incluindo seus conflitos não resolvidos, traumas passados e a relação com figuras significativas em sua vida. Portanto, para a psicanálise, o TDAH não é apenas uma questão de disfunção neurobiológica.
O tratamento psicanalítico para o TDAH é eficaz para todas as faixas etárias?
Sim, a eficácia da psicanálise no tratamento do TDAH transcende as barreiras etárias, oferecendo uma abordagem abrangente e centrada na pessoa. Independentemente da idade, a psicanálise proporciona uma oportunidade única para crianças, adolescentes, adultos e idosos se tornarem sujeitos ativos em suas vidas.
Além disso, a abordagem psicanalítica pode ser complementar a outras intervenções, como a psicopedagogia e a psiquiatria. A colaboração entre profissionais de diferentes áreas permite uma visão mais ampla do tratamento do TDAH, onde as necessidades pedagógicas e medicamentosas também podem ser consideradas.
Por exemplo, a psicopedagogia pode oferecer suporte educacional personalizado, enquanto a psiquiatria pode prescrever medicamentos quando necessário. Essa abordagem integrada visa proporcionar aos pacientes um tratamento completo e adaptado às suas necessidades individuais, maximizando assim os resultados terapêuticos.
Reflexões finais sobre o papel da psicanálise no entendimento e tratamento do TDAH
A psicanálise oferece uma perspectiva única para o entendimento e tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), enfatizando a importância da subjetividade e das motivações inconscientes.
Diferentemente das abordagens comportamentais que focam em intervenções diretas sobre comportamentos específicos, a psicanálise busca compreender o sujeito em sua totalidade, considerando a complexidade de suas interações simbólicas e a polissemia dos significantes.
No contexto contemporâneo, onde a rapidez e a facilidade de soluções medicamentosas são frequentemente valorizadas, a psicanálise resiste à tendência de reduzir o sujeito a um conjunto de sintomas a serem eliminados.
Ao invés disso, ela reconhece a singularidade de cada caso e a resistência do real em se fazer representar, o que é crucial para a transferência e para o processo analítico.
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A técnica psicanalítica, ao focar nos significantes e na articulação do discurso do sujeito, permite uma abordagem mais profunda que vai além do tratamento superficial dos sintomas.
Ela busca entender as raízes dos comportamentos, como a desatenção e a hiperatividade, em relação às experiências de vida do indivíduo e às suas dinâmicas psíquicas internas.
Portanto, a psicanálise desempenha um papel vital no tratamento do TDAH, oferecendo uma alternativa que valoriza a complexidade humana e a necessidade de um entendimento mais aprofundado do sofrimento psíquico.
Ela proporciona um espaço para que o sujeito possa se expressar e ser ouvido, o que é essencial para um tratamento eficaz e humanizado do TDAH.
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Referências:
Jorge, M. A.C. (2020, mar.). TDAH: transtorno ou sintoma?. Resenha do livro Todos hiperativos? A inacreditável epidemia dos transtornos de atenção. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 23(1), 157-160.
Rosa, Miriam Izolina Padoin Dalla; Rocha, Geovane dos Santos da. Estudo psicanalítico sobre Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH) na infância. Cadernos de Psicanálise, 42(43), 00-00. (2020).
American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.
Lacet, Cristine Costa. A escuta psicanalítica da criança e seu corpo frente ao diagnóstico de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) / Cristine Costa Lacet; orientadora Miriam Debieux
Rosa. — São Paulo, 2014.
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